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sábado, 5 de novembro de 2011

Re-sentir

Eu não tenho tempo pra perder com ressentimentos… quando penso que Ele me ama…” 

Pus-me a pensar no tanto de tempo que já perdi e tenho perdido com coisas inúteis, futilidades que deveriam ser simplesmente esquecidas. Às vezes até irracionalmente, mas coisas que ficam lá, guardadas sob o meu coração, incomodando, mesmo que disfarçadamente. E sei que isso não é particularidade minha. Assim é o ser-humano. Mas o convite do Pai é outro: conscientes do Amor imutável dEle por nós, devemos também amar como Ele amou, deixando de lado todo e qualquer ressentimento.

É incrível pensar que Ele me ama. E Ele aqui, para mim, é Aquele com quem não consigo ter outra relação que não a de pai-filho. Antes de tudo, sou filho, amado, desejado e – a expressão que mais gosto: aceito. Sim, eu sou aceito! E te convido a aceitar a experiência de ser aceito. Parece redundante, mas é isso mesmo: quantas pessoas, mesmo aceitas pelo Pai, não conseguem se aceitar… Eu conheço várias, você provavelmente também.

Ele te ama. E demonstra esse Amor por você através das pessoas que fazem parte da sua vida. Pessoas que te acolhem nos momentos de dor, que dividem os seus momentos de maior alegria. Pessoas que te oferecem o braço quando tudo à sua volta parece desmoronar. Ninguém passa pela vida sem ser amado por pelo menos uma pessoa. Você não é exceção.
Ressentimento. Re-sentir. Sentir algo de novo. E o que acontece quase sempre é que a gente costuma experimentar de novo mais os sentimentos negativos que os positivos. E ficamos ruminando a nossa própria dor, ao invés de nos cercarmos do Amor do Pai. Por que não aproveitar a experiência de ser aceito por Ele? Às vezes estamos até cercados de muita gente que nos ama e nos quer bem. E, ao invés de curtir esse amor, perdemos tempo com ressentimentos causados por aqueles que não estão ao nosso lado.

É por isso que eu decidi gastar um pouquinho do meu tempo tentando não perder tempo com ressentimentos. Tanta coisa ruim me atingiu na vida, em especial nos últimos quatro anos. Mas muita coisa boa também me aconteceu. Por que manter o foco no que há de ruim? Por que deixar o que é bom de lado? Por que deixar uma decepção apagar o brilho de inúmeras conquistas? Por que deixar uma dor subjugar todas as experiências em que pude perceber o Amor, o cuidado e o carinho do Pai por mim?

O motivo de isso acontecer é o mesmo: a dor é sentida de uma forma mais forte que qualquer outro sentimento. Quando nos atinge, tem o poder de levar-nos a esquecer todas as coisas boas. Mas, a partir de hoje, quero aprender diariamente o exercício de manter o olhar sobre as boas coisas que me têm alcançado. Tudo é graça! Tudo vem do Pai!
Quero investir tempo no exercício de tentar amar como Jesus me amou,  como Ele me ama. Como Ele te ama.

Eu não tenho tempo pra perder com ressentimentos… E nem você…

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