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sábado, 28 de maio de 2011

Medo de ficar pobre

 SAMUEL 25.2-38

Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado,
nem a sua descendência a mendigar o pão. (Sl 37.25.)

Nabal era um próspero pecuarista da região do Carmelo, em Israel. Era
descendente de Calebe. Não trazia, entretanto, na estrutura de seu caráter
a mesma fé e o temor de Deus característicos do velho herói de Judá. Era,
sim, como a própria interpretação de seu nome, "filho de Belial”, isto é,
filho das trevas. Sua riqueza era seu “deus”. E, como muitos ricos “loucos”,
à semelhança da parábola de Jesus, Nabal era extremamente apegado aos
bens materiais. Davi, ao contrário, apesar de ter sido ungido rei de Israel na
sua juventude, não se apressava em tomar a coroa do reino. O que ele mais
queria era fazer a vontade do Senhor e louvar o seu precioso nome.
Num dia de festa para Nabal, isto é, quando ele estava tosquiando suas
ovelhas, e haveria um banquete, como era o costume da época, Davi mandou
seus jovens levarem a ele um recado. Seu exército estivera guardando os
pastores de Nabal por um bom tempo, e aquele seria o momento oportuno
para uma recompensa – uma parte do banquete em gratidão a Davi.
A avareza de Nabal jamais permitiria tal “extravagância”. 

E ele negou o pedido do futuro rei de Israel. Não fosse sua esposa Abigail, mulher sensata
e bela, no dia seguinte não estaria vivo ninguém do sexo masculino em
sua casa. Abigail apaziguou Davi, levando-lhe víveres de sua fartura. Mas o
tolo Nabal veio a falecer ao ouvir a notícia de que sua esposa havia suprido
Davi. É sempre assim. O rico tolo está ajuntando para o justo, quer aceite
isso ou não. Nabal perdeu uma grande chance de entrar para a história de
Israel como amigo do rei Davi. Seu exemplo foi do “? lho de Belial”, o tolo
avarento que perdeu a vida, a esposa e os bens, tentando justamente preservá-
los para si.

Pai celeste, não nos dê nem a pobreza, nem a riqueza, mas nos
sustente com a porção acostumada do pão. Que deixemos
nossa história ser vivida sem avareza. Amém.


Pra. Ângela Valadão

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